Preparem-se, peguem seus lencinhos e curtam com atenção essa linda e vitoriosa história!
Abaixo está o depoimento da Sidecler e do Vanderlei (Zago), Papais de Ana Clara e Vitória.
Comentários sobre essa família abençoada, depois!
"Meu nome é Sidecler, moro em Videira – SC, sou casada com o Vanderlei a 11 anos e temos 2 filhas, a Ana Clara de 5 anos e a Vitória de 1 ano. Nossa história com a BCU foi quase uma imposição do destino.
Já éramos uma família feliz, mas nossa filha Ana Clara sempre nos pedia um irmãozinho ou uma irmãzinha, então como nós também queríamos aumentar nossa felicidade, pois ela era nossa alegria, nosso tesouro, nossa princesa, resolvemos que teríamos mais um filho ou uma filha. Em 27/08/2009 através de um ultrasson no meu ginecologista, confirmou minhas suspeitas, a felicidade foi enorme, enfim realizaríamos nosso sonho e de nossa filha. Em dezembro de 2009 soubemos que seria uma menina, então a Ana Clara já havia escolhido o nome da maninha “Vitória” e somente alguns meses depois fomos entender o verdadeiro significado desse nome para nossas vidas.
Em janeiro de 2010 estávamos muito felizes eu com barrigão de 6 meses fomos para Mato Grosso do Sul, pois a Ana Clara nasceu em Campo Grande e nos mudamos para Videira quando ela tinha 9 meses e nunca mais tínhamos voltado lá. Então visitamos a casa onde havíamos morado, mostramos os lugares que íamos com ela e depois fomos para Bonito, que amamos demais, pois o lugar não é Bonito, é simplesmente Maravilhoso, mas na viagem a Ana Clara estava se queixando de canseira, mas achávamos que era mudança da rotina e até manha e estava pálida, mas não nos demos conta que poderia ser algo mais sério.
Quando retornamos da viagem, apareceram mais sinais de que a Ana Clara não estava bem, fez febre, continuava pálida, ainda queixava-se de cansaço, caía com facilidade, então fizemos uma consulta na emergência do Hospital da cidade, pois já fazia 3 dias que estava com febre e pedimos para que o médico solicitasse um hemograma, sempre pensando que era para desencargo de consciência. Em 05/02/2010 foi então que nosso mundo desabou, o diagnóstico ainda que precisava de mais exames a ser confirmado, LEUCEMIA. Ela teria que ficar internada e fazer transfusão de sangue, pois estava com anemia profunda por causa da doença.
“A palavra leucemia refere-se um grupo de cânceres que afetam as células brancas do sangue. Leucemia se desenvolve na medula óssea, a qual produz três tipos de células sanguíneas:
1. Células vermelhas que contêm hemoglobina e são responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo.
1. Células vermelhas que contêm hemoglobina e são responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo.
2. Células brancas que combatem infecções.
3. Plaquetas que auxiliam a coagulação sanguínea.
Leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea. A infiltração da medula óssea resulta na diminuição da produção e funcionamento de células sanguíneas normais. Dependendo do tipo, a doença pode se espalhar para os nódulos linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central e outros órgãos e tecidos, causando inchaço na área afetada.”3. Plaquetas que auxiliam a coagulação sanguínea.
Eu não aceitava que minha filha querida, amada, pudesse ter uma doença tão séria. Chorei muito. Estava grávida de 7 meses, mas tínhamos que cuidar da saúde dela. Como na nossa cidade não tem tratamento fomos encaminhados primeiramente a Lages, aqui em SC mesmo, a uns 200 Km de Videira e depois a Florianópolis, que fica 400 Km de distância, para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde através de outros exames inclusive punção da medula óssea, foi confirmado que ela possuia LEUCEMIA LLA Tipo B, que ainda por pior que fosse, graças a Deus, é o tipo mais comum e com maiores chances de cura. Que a princípio somente com quimioterapia seria o suficiente, sem a necessidade de transplante, mas mesmo assim já começamos a cogitar a idéia de armazenar o cordão umbilical da Vitória, para que se precisássemos no futuro estaria garantido.
As médicas do hospital até buscaram informações para nós sobre o banco de cordão público, mas não ficaria a disposição nem da Vitória e nem da Ana Clara que era nossa maior preocupação, então decidimos que procuraríamos um Banco de cordão particular.
Como a Ana Clara teria que ficar internada por um longo período para iniciar o tratamento, e mesmo não podendo ficar com ela o tempo todo no hospital, fiquei em Florianópolis, praticamente abandonei meu trabalho. Sou contadora e sou gerente de um escritório de contabilidade, como somos pessoas de sorte, meus patrões compreenderam minha situação e fiquei afastada o tempo necessário para cuidar da Ana Clara. Ainda tivemos mais sorte pois, um tio do meu marido possui um apartamento lá, onde um filho dele mora e nos disponibilizou, somos muito gratos a eles. Minha mãe, Sinclair, que amo muito, não me deixou sozinha nunca (sou muito grata a ela) e minha irmã, Sirlene, que também amo demais (deixou a família dela, o marido e os filhos, simplesmente não tem preço que ela fez por nós) ficaram comigo lá, meu marido teve que retornar para trabalhar e nos revezávamos no hospital cuidando da Ana Clara.
Como o período que teríamos que fica lá era longo, a princípio 30 (trinta) dias, eu precisava fazer meu pré-natal, então meu médico indicou um colega dele de Florianópolis, na clinica Santa Helena, o Dr. Ararê, muito atencioso e foi quem nos indicou o BCU. Até tivemos um pouco de dificuldade para entrar em contato com a BCU, pois estavam mudando de endereço bem naquela época, mas eles nos encontraram e fomos tratados com muito carinho e atenção, pela Vanessa e a Antonia, então não tivemos dúvida, fechamos o contrato no mesmo dia, pois no outro estaríamos retornando a Videira depois de 32 (trinta e dois) dias fora de casa, e a data do parto já estava se aproximando. Deixamos tudo acertado, trouxemos o material que iríamos utilizar para a coleta e um CD com instruções para o meu Obstetra, no caso de ele ter que fazer a coleta. Ainda deu tempo de tirarmos umas fotos da barriga.
Quando retornei conversei com meu médico Dr. Carlos Winck e entreguei o material para que ele visse, ainda bem, pois a nossa “Vitória” não esperou a data marcada que era 12/04/2010 (O médico já tinha antecipado em 15 dias o parto por causa da coleta do sangue do cordão) e ela nasceu no dia 03/04/2010 às 2h47 min da madrugada. Minha bolsa estourou e não deu tempo do pessoal do BCU vir fazer a coleta, então meu obstetra fez a coleta. Foi uma correria, pois tínhamos pouco tempo para fazer o material chegar a Florianópolis, mas Graças a Deus, deu tudo certo. A Vitória nasceu com 2.950 kg e 46cm, saudável. Apesar de tudo estávamos muito felizes com a chegada dela. Esquecemos a câmera e a filmadora no carro, tivemos que tirar as fotos com o celular do meu marido.
Ainda tivemos uns contratempos logo depois do nascimento dela, mas no final tudo deu certo. Sai no domingo do hospital dia 04/04/2010 (dia de Páscoa), a Ana Clava ansiosa em conhecer a Maninha, pois não pode ir no hospital pois no estado dela, as defesas baixam muito devido ao tratamento e é muito arriscado principalmente ir em um hospital onde tem todo tipo de doenças, então ficou muito feliz com a Maninha que ela tanto queria que até trouxe um presente para ela.
Na quarta-feira 07/04/2010 ela fez exame, como fazia semanalmente para verificar se podia continuar o tratamento e com o resultado a médica informou que teria que fazer transfusão de sangue, então ela foi para o hospital em Videira mesmo e teve que ficar internada até na sexta-feira. Imaginem a minha situação, de dieta, recém feita cesárea, com bebê em casa e não pude ficar com ela no hospital. Quem ficou foi minha sogra Maravilhosa também, minha irmã e meu marido se revesavam. Minha mãe ficou comigo em casa cuidando de mim e da Vitória. Dei uma fugida um dia para vê-la no hospital, mesmo com um pouco de dificuldade para caminhar, mas não conseguia ficar longe dela muito tempo. Nesse meio tempo ainda veio uma preocupação com a Vitória, ela começou a ficar amarela, conversamos com o pediatra e ele nos deu um prazo para que se a cor dela não normalizasse, para a levarmos ao consultório e teríamos que fazer exame. Não deu outra, na sexta feira fomos ao pediatra com a Vitória e tivemos que coletar sangue para medir a bilirrubina, que se estivesse acima de um valor era preocupante e precisaria fazer banho de luzes. Eu estava muito sensível, só chorava e meu marido teve que ser muito forte e ficou com a Vitória para coletar o sangue, que teve que ser da mãozinha dela, imaginem, que dor. Já foi coletado o material para o teste do pezinho também. Ficou confirmado através do exame que ela teria que fazer o banho de luzes (Fototerapia) e lá fomos, eu, a Vitória e minha mãe para o Hospital, no mesmo dia que a Ana Clara deu alta. Não deu tempo nem de curtir ela em casa, mas mesmo dando alta os cuidados tiveram que ser extremos, usamos máscara e as visitas foram proibidas, por causa da imunidade dela que ficou muito baixa. Ficamos até no domingo no hospital. Me cortava o coração ver a Vitória de olhos vendados fazendo o Banho de luzes.
Pensávamos que agora tudo estava bem, mas...
Na segunda feira a noite dia 12/04/2010, mais um susto a Ana Clara fez febre, principalmente na situação dela é um sinal de alerta muito grave, foi para o Hospital novamente mas não conseguiam nem achar a veia dela para dar medicação, de tão fraca que ela estava, teve que ir as pressas para Florianópolis. Meu marido foi voando, pois tempo era tudo, mas Graças a Deus (Ele sempre nos guiando), deu tudo certo, chegou em tempo e a Ana Clara passou mais 2 semanas em Florianópolis 1 semana no Hospital e mais uma lá no apartamento por garantia. Foi nesse período que ela decidiu raspar o cabelo, que já estava caindo bastante, tínhamos cortado chanelzinho, por precaução. Meu marido preocupado me ligou para contar, a principio levei um susto mas se foi decisão dela então seria melhor assim e foi, ficou mais linda ainda, parecia aqueles bebês de brinquedo, pois ela tem um rosto lindo, realçou ainda mais a beleza. Posou com a Drª. Amanda uma das médicas do Hospital, muito querida e atenciosa.
Parece que Deus realmente estava nos provando, então veio o resultado do teste do pezinho da Vitória e deu alterado, refizemos o exame e confirmou que havia uma alteração. O médico sempre queria me poupar e falava com o meu marido. Mas eu como em todas as situações sempre ia para a internet para saber mais a respeito do assunto, e vi que se não fosse tratada aquela alteração ela podia ter retardo mental, entre outras coisas, mais essa: pensei desesperada, chorei, chorei, chorei.... Mas Deus estava do nosso lado, então o médico nos passou um tratamento simples com Vitamina C, que depois de terminado repetimos o exame e estava tudo bem com a Vitória.
Depois tudo foi indo mais tranqüilo, na medida do possível é claro.
Em junho a Vitória foi batizada, os padrinhos dela são Georgete e Emerson, muito amigos nossos.
Em dezembro tirei umas fotos em um estúdio ficaram lindas, até de mamãe noel.
A Vitória está uma sapeca fez 1 ano dia 03/04/2011, fizemos uma festinha no dia 02/04/2011, linda. Começou a caminhar com 1 ano e 1 mês, resmunga umas palavras, parece que chama a mana ANA, entre outras, joga beijo, gosta de música, fica se balançando quando ouve uma música na TV ou no celular do pai dela. Gosta de passear, quer conquistá-la convide-a para passear. É muito sorridente, mas de personalidade, quando quer algo briga ate conseguir, mas é linda e amamos muito ela também.
A Ana Clara está bem, continua o tratamento em casa, com medicação via oral, vai a cada 2 meses para Florianópolis consultar, indo para a escola normalmente, tendo uma vida normal. Enfim as duas são nossa razão de viver e ficamos mais tranqüilos sabendo que se algum dia, o destino nos quiser pregar outra peça temos uma segurança ou uma esperança, que é o Sangue do Cordão da Vitória armazenado na BCU.
Recomendamos aos futuros papais que coletem o sangue do cordão umbilical e armazenem em algum banco particular, pois a medicina está avançando a cada dia e se acaso no futuro surgir um imprevisto, existe uma esperança, pois uma vida não tem preço. Nós como pais sabemos o que é o medo de perder um filho, e faríamos muito mais por ela. Recomendamos também a BCU pois fomos muito bem tratados, com muita atenção e carinho.
Beijos."
Então... Lembro como se fosse hoje, quando entrei em contato com essa família, mas sem esperar as grandes emoções que estavam por vir. Ficamos muito emocionados quando soubemos de toda a história!
Mas eu tenho absoluta certeza de que Deus é muito bom e essa família é abençoada por Ele! Ao ler este depoimento, choramos e nos emocionamos novamente, é tão linda a sinceridade, a doação e o carinho com o qual ele foi escrito! Tenho outra certeza, servirá de testemunho, prova e esperança para muitas famílias!
Após receber este depoimento perguntei à Sidecler quando viriam a Floripa, e então ela me disse que eles tentariam dar uma passadinha no escritório! Promessa cumprida: e eu pude ver o quão linda e saudável está Ana Clara, uma boneca! E Vitória sapequinha mesmo, simpática e fofa!
Deixo aqui o meu desejo de MUUUITA saúde e felicidades para esta família que merece o melhor! Que Deus os abençoe grandemente dando sempre mais e mais!
Obrigada por nos permitirem participar desta história, obrigada por compartilhar seu testemunho conosco, obrigada pela confiança, obrigada pelo carinho!
Ah! Que lindo... muito especial essa família. Tive a oportunidade de conhece-los mês passado e as meninas são muito lindas... Parabéns aos pais guerreiros!
ResponderExcluirQue história comovente, triste, linda e abençoada.É uma tempestade de sentimentos. GRaças a Deus vocês tomaram a decisão certa da coleta...
ResponderExcluirAS meninas são maravilhosas e tudo ficará bem com todo esse amor, dedicação e fé!
Que história linda!
ResponderExcluirrealmente, novamente me emocionei.
ResponderExcluirporém, agora uma emoção diferente, felicidade mesmo! Deus é maravilhoso. Ele permitiu esse acontecimento, para servir de testemunho para esta família.Só ele sabe a dor de uma mãe e um pai que passam por uma situação destas.
E depois de tudo o alívio e a gratidão são constantes! e o Amor pela vida e pela família maior ainda.
beijos e muito amor no coração para esta família abençoada.
Meu Deus! se eu tinha alguma dúvida em fazer a coleta não posso depois de tudo isso, pensar em deixar passar esta oportunidade.
ResponderExcluirjá vou correr e me organizar para isso!
parabéns a esta família que conseguiu se recuperar!
Sou Georgete a madrinha da Vitória, só tenho a dizer q a coragem e a fé dessa família é grandiosa..... acompanhamos sempre e sempre torcemos pelo melhor de todos.....
ResponderExcluirAcompanhei essa história desde o primeiro sintoma e, talvez eu tenha sido a primeira pessoa fora da família, a ter recebido essa notícia devastadora, não que isso me vanglorie, mas me demonstra o carinho e a inestimável amizade que compartilhamos com esta família. Do momento em que recebi a ligação do Vanderlei, soluçando desesperado, até eu chegar à sua casa, se passaram cerca de 10 minutos. Fui voando, pois percebi que ele estava sem norte. Depois de um abraço caloroso e demorado e, de ouvir toda a história, me lembro claramente o que lhe falei, olhando firme em seus olhos distantes: "Tenha fé em Deus que vai dar tudo certo. Acredite".
ResponderExcluirDepois de tudo o que foi relatado pela Side, basta olhar para esta família pra se saber o desfecho feliz dessa história.
Acredito firmemente em duas coisas: Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos e, Deus não te dará um fardo maior do que as tuas forças...
Diz o Salmo 117: ..."ainda que tenhas que atravessar o vale escuro, não temas, Eu estarei contigo..."
Agradeço a Deus pela força que ele vos concedeu e, também agradeço por vocês nos considerarem tanto. Obrigado!!!
Emerson Fantin e família.
Olá. São lindas as histórias do Blog, em breve também virá a minha. Bjão da Luh.
ResponderExcluirMaravilhoso este trabalho que o BCU oferece às pessoas. Não é questão do armazenamento de células, mas de segurança e esperança, espero que daqui um tempo seja pré-requisito no nascimento de todos os bebês.
ResponderExcluirParabéns Vanessa.
Oi Sidecler, não sei se lembra de mim trabalhamos juntas quando você trabalhava na Master e eu na JB. Fiquei muito emocionada com seu depoimento, com certeza vocês foram e continuam sendo guerreiros de Deus. Recentemente tive um câncer também, estou fazendo quimio e estou bem. E muitas vezes chorei me perguntando "porque ?, Porque?" e também agradecendo por ser eu e não minha filha. Porque a gente como mãe suporta muito mais com a gente próprio do que com os filhos da gente e por isso te digo que és uma "guerreira de DEUS". Como você bem colocou a medicina tem avançado muito e hoje os tratamentos são menos agressivos e mais eficazes por isso, querida, força que Deus se mostrou presente e continuará te abençoando, suas filhas são lindas!
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